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Novichok, o agente nervoso com o que tentaram envenenar o exespião russo

As autoridades britânicas já revelaram qual foi a substância com a qual tentaram assassinar o ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha. Trata-Se de um agente nervoso chamado Novichok, que foi desenvolvido na União Soviética em 1970, embora a sua existência não se tornou pública até o ano de 1991, durante a assinatura do Acordo de Armas Químicas entre Rússia e Estados Unidos. Sua existência foi revelada pelo químico Vil Mirzayanov, vinculado ao KGB, que foi julgado e condenado por alta traição à causa desta revelação.
Existem muitas variantes deste agente, mas diz-se que a mais mortífera de todas pode ser até oito vezes mais tóxica que o VX, que foi o que foi usado no ano passado para matar a Kim Jong-nam (o irmão de Kim Jong-un, no aeroporto de Kuala Lumpur.
Novichok foi projetado para ser indetectável pelo sistema de segurança da OTAN, e para superar os sistemas de proteção contra armas químicas, que utilizam os principais exércitos do mundo. E, ao contrário de outros agentes nervosos que se disperan em forma de gás ou de um líquido, este é usado geralmente com a forma de um pó fino, e afeta o sistema neuromuscular. Os primeiros sintomas são as convulsões e perda de consciência, mas acaba causando uma parada respiratória e cardíaca e, em muitos casos, a morte.
A substância age muito rápido, e seus sintomas manifestam-se em menos de um minuto depois do contato do pó com a pele.